LURKERS ou POSTERS. O que você é na web?

31 03 2010

 

Atualmente vivemos em uma sociedade em rede que (re)configura e integra as esferas das relações humanas, econômicas, tecnológicas, culturais, políticas e de sociabilidade, conforme pontua o sociólogo Manuel Castells. Tal transformação é suportada e permeada pela força das novas tecnologias de comunicação e informação da web 2.0.

A web 2.0 pode ser entendida como um segundo período da internet ou, conforme apresenta o pesquisador Alex Primo, como a segunda geração de serviços online, que se caracteriza por potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações, além de ampliar os espaços para a interação entre os participantes do processo.

Imagem Fonte: Internet

As manifestações na internet geralmente acontecem e ganham força nas redes sociais/ pessoais construídas pelos indivíduos nas plataformas de comunicação da web 2.0 (Orkut, Face book. Twitter, etc.). Esses espaços são utilizados para articular informações, conhecimentos e debates de vários temas e níveis.

Nesses cenários virtuais várias denominações são indicadas para caracterizar seus membros, no entanto, duas se destacam por serem as mais difundidas: os lurkers e os posters.  

Os lurkers são os simples leitores. Eles apenas observam os debates das redes sociais sem se expressar a respeito. Por isso, a presença desses indivíduos muitas vezes passa despercebida. São os visitantes/membros passivos das comunidades e redes sociais.

Já os posters são os membros ativos e participantes das redes sociais. Eles interagem com os debates e produções de sentido colaborando com criação de tópicos, questionamentos etc..

A maioria dos membros que integra a web 2.0 é considerada lurkers, entretanto, apesar da não interação direta desses indivíduos nas produções da internet, não se pode deixar de considerar a importância de suas “invisíveis” leituras. Pois, é sabido que pelas orientações das Ciências da Linguagem que o silêncio produz sentido, logo, é nesse percurso que esses membros podem colaborar e produzir efeitos nas margens e extensões sociais da web 2.0.





O QUE É TOLERÂNCIA SOCIAL?

19 03 2010

 

O termo tolerância está muito em voga nas paisagens sociais, principalmente, quando discutimos a questão dos estereótipos sociais e suas manifestações em preconceito e discriminação. Em outras palavras, quando tratamos das minorias e diferenças identitárias, da diversidade.

A expressão tolerância é utilizada por diversos movimentos de defesa de grupos minoritários como égide de orientação de seus discursos e ações. No entanto, poucos indivíduos param para refletir sobre os significados que permeiam esse vocábulo.

Fonte: Internet.

A palavra tolerância provem do latim tolerantia, que por sua vez vem de tolero, e significa suportar um peso ou a constância de suportar algo. Atualmente, pelos jogos de linguagem e seus sentidos esta palavra é identificada como “virtude”, algo “positivo”. No entanto, outras conceituações como a do filósofo Tomás de Aquino provocam um estranhamento total no sentido da expressão tolerância, até mesmo na sua configuração contemporânea. Para ele tolerância deve ser entendida como paciência.

Enfim, para colaborar com a nossa exposição, o cientista social, José de Sousa M. Lopes nos orienta para uma alternativa de sentido:

“A expressão tolerância tem sido consagrada pelos mais variados autores no âmbito das Ciências Humanas. Não é a expressão que consideramos mais adequada, pois ser tolerante implica partir de uma concepção na qual o sujeito se coloca numa posição de superioridade face ao outro e, nesse sentido, ele tolera o outro. Estamos, pois, face a uma relação  assimétrica, na qual um dos sujeitos é o “dono da verdade”, mas que aceita a “inferioridade” do outro. Não conseguimos descortinar uma palavra que possa traduzir de modo mais cabal esta questão. A expressão respeito mútuo parece traduzir melhor o conceito(2004, p.1).

Enfim, será que estamos corretos em adotar o termo tolerância para expressar os anseios da diversidade? Para organizar nossos discursos em prol da construção de uma sociedade, realmente, democrática que respeite as diferenças? É nosso desejo que tenham PACIÊNCIA e SUPORTEM as diferenças?

O EXERCÍCIO DO DIÁLOGO SE FAZ NECESSÁRIO para outros horizontes…

Referência:





O QUE VOCÊ ACHA? UM CONTRAPONTO PARA PENSAR.

5 03 2010


Olá a todos! Abaixo, compartilho com vocês um comentário que recebi em referência ao meu post anterior “BBB 10: O que é isso companheiro?”, o qual acredito ser muito válido para pensarmos sob suas estruturas discursivas.

 Muito obrigado ao Tiago Ferreira, autor deste  comentário, e a todos que acompanham este blog.  Abraços, Francisco Leite.   

” Primeiramente gostaria de dizer que infelizmente muita gente leva o BBB como aprendizado. 

Não vou fazer aquele discurso já conhecido “Só gente burra assiste à essas porcarias”, acho hipocrisia. 

 Eu assisto e gosto de ver, mas pode ter certeza que nada que ouço lá me ofende e nem me inspira, às vezes , caio na deles, ou seja, desejo que um participante ou outro seja prejudicado ou ajudado devido as atitudes. 

 Com relação a esse comentário do participante Dourado sobre “Homem hétero não pega Aids”, creio que o cara em questão não é o culpado , pois, o mesmo disse que alguns médicos passaram essa INFORMAÇÃO a ele. 

 (Esse é um dos meu lemas “A informação está aí, é só buscar, mas preferimos engolir o que a mídia nos passa”. Enquanto engolirmos tudo que nos é passado e usar como base estamos sujeitos a sermos previsíveis.
Desabafo aqui, pois, muita gente acha que é mais inteligente que outro porque um lê a Veja e outro a revista de fofoca e outro lê a folha e outro lê o Agora entre outros. O que muda é a linguagem, mas no fundo o objetivo é o mesmo alienar as pessoas. Concordam? ) 

 Voltando a questão do BBB…Quem nunca fez um comentário infeliz que atire a primeira pedra , faça campanhas para eliminar o cara e etc. Se isso vier a acontecer o cara sai e acaba a polêmica e só teremos um bando de brasileiro orgulhoso em ter punido uma pessoa e depois, vamos esperar mais algum “laranja” na mídia tecer algum comentário e vamos novamente perder tempo. 

 Desculpe se fui ofensivo aqui, mas acho um absurdo este tipo de coisa, creio que nenhuma questão deve ser tratada com diferença, por exemplo, a política é uma zona, mas fomos doutrinados a engolir, afinal “não adianta reclamar mesmo”. É um puta preconceito conosco porque somos cidadãos e nos taxam de burros e não fazemos nada, “nenhumazinha” campanha na internet . 

 Qual a diferença? Se somos realmente inteligentes o quanto achamos acho que deveríamos ao menos refletir sobre isso antes de tomar qualquer atitude.”